Descubra como a ciência do talento pode impulsionar o desempenho individual e coletivo, o engajamento e o sucesso da sua empresa
Desde muito cedo na escola fomos acostumados a buscar melhoria nas coisas em que tínhamos um desempenho abaixo da média, e esse modelo costuma se manter ao longo de nossas vidas profissionais, pois a maioria das empresas utiliza métodos de avaliação de desempenho que direcionam para onde os colaboradores precisam melhorar sua atuação. Costumo dizer que as empresas que adotam tal prática têm um comportamento um tanto esquizofrênico, pois contratam o colaborador por tudo o que já realizou de bom em sua carreira até o momento e, depois, quando ele está na empresa, querem que melhore seus ‘pontos fracos’. Ora, por que não investir ainda mais em seus talentos e transformá-los verdadeiramente em pontos fortes? Essa é a pergunta que nós gestores de pessoas deveríamos fazer.
De fato, essa intrigante pergunta foi uma das coisas que impulsionaram Don Clifton ao longo de décadas de pesquisa comportamental e que nos trouxeram essa incrível ferramenta de avaliação individual que identifica o DNA de talentos das pessoas. Dizemos ser o ‘DNA’ porque a probabilidade de encontrarmos duas pessoas com os mesmos 10 primeiros talentos na mesma ordem, por exemplo, é de 1 em 3.170.066.620. Portanto, em termos percentuais, é quase zero.
Em meu artigo anterior publicado aqui nesta revista, expliquei mais detalhadamente do que se trata essa poderosa ferramenta de gestão de pessoas, sendo inclusive considerada pela Harvard Business Review uma das três mais importantes da história. Se você não teve oportunidade de ler, procure na edição de janeiro de 2024.
O que quero trazer agora é uma reflexão de como podemos utilizar esse conhecimento de mais de 50 anos de pesquisa real, tendo hoje mais de 30 milhões de pessoas na base da pesquisa, para melhorar o desempenho dos colaboradores das nossas empresas e, consequentemente, otimizar os resultados que são construídos por essas pessoas.
Peter Drucker, considerado o Pai da Administração Moderna, falava que: ‘A maioria das pessoas acha que sabe o que faz bem. Em geral, estão enganadas. No entanto, o desempenho de alguém só pode ser baseado em seus pontos fortes.’
Me parece bastante lógico e faz muito sentido observar que quando uma pessoa desempenha qualquer atividade, seja profissional ou pessoal, que esteja alinhada com seus talentos naturais, a tendência é que o desempenho e, consequentemente, os resultados sejam melhores quando comparados com atividades que estejam ligadas ao que chamamos educadamente de ‘pontos de melhoria’.
Portanto, como gestor e líder, quando há uma tarefa a ser realizada, o mais coerente seria designá-la para uma pessoa que tenha talento para tal, não é mesmo? E aí vem uma pergunta simples: é sempre com esse critério que designamos tarefas? Tenho certeza de que a resposta mais comum é não! Mas por que raios gostamos tanto de ‘fugir da lógica’? Existem várias razões, que não é o caso de listar aqui agora, pois minha intenção é provocar a reflexão mesmo, de por que não usamos um caminho mais simples e que certamente nos trará melhores resultados? Parece chavão, e pode até ser, mas realmente é uma mudança de paradigma. Mas tenha certeza de que essa mudança trará uma completa transformação no desempenho de sua equipe, assim como maior engajamento, e consequentemente irá refletir diretamente nos resultados de sua empresa.
Faço um convite para que experimente, conheça a ferramenta, aplique mesmo que seja em um pequeno grupo de colaboradores, e veja o resultado aparecer.