Explorar recursos renováveis trazem versatilidade e preservação do meio ambiente
esquisas por fontes energéticas alternativas são essenciais para o crescimento econômico do país, criando empregos e fortalecendo a economia local com mínimo de impacto ambiental.
A energia solar, uma dessas fontes alternativas, é aproveitada por tecnologias como as placas fotovoltaicas, que convertem diretamente a luz do sol em eletricidade. Energia solar aproveita a força do sol, enquanto a eletricidade convencional pode ser produzida a partir de várias fontes, incluindo as hidrelétricas.
Geração de eletricidade limpa e renovável proporciona inúmeras vantagens como: poupar dinheiro a longo prazo ao reduzir ou eliminar contas de eletricidade, contribuir para um futuro sustentável e combater as alterações climáticas.
Com as constantes melhorias em tecnologia, a energia solar se tornou uma opção viável e eficiente não apenas para residências, como também para empresas, inclusive para comunidades rurais que antes não tinham acesso à eletricidade.
Não é desconhecido que o setor de energia solar vem crescendo no Brasil, de forma notável. O Vale do Paraíba, conta com uma atenção especial para a estratégia de crescimento da energia fotovoltaica, como revela as informações no site da EDP.
Segundo a EDP, que é uma empresa de energia com mais de 25 anos de atuação no Brasil, ela está empenhada na transição energética e na promoção do uso de energia renovável. Em 06 de dezembro de 2023, ela inaugurou um complexo solar em Tremembé – SP, com capacidade total de 3,82 MWp e investimento de R$ 19,1 milhões. Essa construção faz parte da estratégia de crescimento da EDP no setor solar brasileiro.
O anúncio foi feito em um evento com a presença do CEO da EDP Brasil, João Marques da Cruz, e do vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth.
“Queremos proporcionar a descarbonização da economia e estamos focados em tornar a energia limpa mais acessível e, assim, contribuir para que a economia e negócios de pequenas, médias e grandes empresas sejam mais sustentáveis. Com as usinas solares no estado de SP, estamos possibilitando a transição energética na região”, ressaltou Marques da Cruz.
O complexo possui tecnologia móvel do tipo Tracker, que ajusta a posição dos painéis solares durante o dia para aumentar a eficiência da produção de energia. As usinas ocupam 10 hectares e tem 5.832 placas solares bifaciais, que absorvem a radiação solar através do reflexo da luz no solo. A energia gerada é destinada a pequenas e médias empresas no Vale do Paraíba, sendo capaz de abastecer aproximadamente 3,4 mil residências com consumo médio de 175 kWh/mês, informa o site da empresa.
Nesse contexto, tivemos uma conversa com Renato Cardoso (@souorenatocardoso), gestor comercial em soluções energéticas da Igreen. Ele nos conta que após 12 anos no mercado industrial, descobriu no empreendedorismo o setor de energia sustentável.
Revista Meta: Como funciona a energia solar?
Renato Cardoso: Antigamente existia somente uma forma de energia solar. O consumidor comprava os seus equipamentos para gerar sua própria energia. Por exemplo: as placas fotovoltaicas.
Atualmente o Brasil passa por uma transição energética, regida pela Lei 14.300, que dá ao consumidor o direito de escolher entre energia hidrelétrica e energia solar, de forma remota. Isso é conhecido como energia compartilhada.
Revista Meta: Qual a diferença da energia solar e hidrelétrica?
Renato Cardoso: A energia solar é inesgotável e sustentável. E mais barata de ser produzida.
Exemplificando: hoje existem mais dias de chuva ou dias de Sol? Sol. Por isso, quando há uma diminuição das chuvas, as hidrelétricas não conseguem, de certa forma, produzir uma quantidade elevada de energia, ocasionando a escassez hídrica.
Com isso, entra na bandeira amarela ou vermelha e os consumidores acabam pagando mais caro ainda na conta de luz. Com a energia solar, nos dias de sol e até em dias nublados, a energia não deixa de ser produzida.
Revista Meta: Com a opção de escolher o fornecimento de energia, ter as próprias placas fotovoltaicas, ficou obsoleto?
Renato Cardoso: Temos que pensar na necessidade do cliente. Primeira coisa, com a energia compartilhada, o cliente tem desconto na conta de luz sem fazer investimento. Porém, o que impede algumas pessoas de colocar a placa?
Primeiro, não têm telhado suficiente para produzir o que precisa consumir. Segundo, em um imóvel alugado, não vale a pena para deixar ao dono do imóvel. Terceiro, o alto investimento.
Revista Meta: Qual é a expectativa para o futuro energético no Brasil?
Renato Cardoso: Apesar de existirem algumas resistências por parte de alguns estados, a expectativa é de crescimento.
Hoje, por exemplo, a própria concessionária é responsável por fazer a homologação de projetos de placa solar. Em alguns estados há reclamações da lentidão nos processos de transição energética.
Há um crescimento significativo no setor de energia compartilhada, porque as pessoas estão mudando a mentalidade por meio da conscientização e da informação. E esse tipo de parceria que a Revista Meta traz de ouvir empreendedores, empresas, mais uma vez digo, tem papel importantíssimo na sociedade. Para os empreendedores e as pessoas que irão receber esse conteúdo.