Uma vez que o trauma acontece na vida de uma pessoa, ele pode afetar várias áreas da rotina diária e impactar sua performance
A sociedade na totalidade está vivendo algo muito sério e preocupante, que está atingindo todas as faixas etárias, todas as camadas sociais, todos os conceitos espirituais e religiosos também, pois se trata dos “males” do século, “as dores emocionais, sentimentais e espirituais; com o advento da pandemia, parece que foi liberado o “Kraken” dos porões das nossas almas.
Com seus tentáculos sacudindo nossas dores e demandas emocionais, isso tem nos prejudicado em todos os setores que temos em nosso dia a dia interagindo, seja nos âmbitos familiares, trabalho, religioso e entretenimentos.
Vamos elencar aqui alguns “traumas emocionais” que se não tratados devidamente e a contento, podem influenciar peremptoriamente as nossas vidas nos momentos e ambientes acima citados.
Começamos então pela “baixa autoestima”, é um dos mais detectados no consultório; sofremos muito com isso, normalmente quando passamos por alguma situação na vida, que pode nos remeter aos tempos de escola, trato familiar, algum “defeito” congênito, sofrimento com bullying que pode ser em qualquer fase da nossa vida; a boa notícia é que isso pode ser tratado com psicoterapia adequada, levando o paciente a uma ressignificação importante, com isso se amando mais e não mais permitindo que “agentes” externos lhe deprecie de tal modo que possa influenciar negativamente em seus resultados no cotidiano.
Outro trauma sério é a “rejeição”, como faz mal a alguém que sofre com esse sentimento, porque normalmente quando você sofre com os sintomas do “complexo de inferioridade” a sensibilidade em torno desse trauma é gigante, pois que, toda vez que essa pessoa receber um “NÃO”, certamente irá colocar na sua cabeça que está sendo preterida, ignorada, o que não exclui que realmente possa estar acontecendo, o grande lance é, como vou lidar com isso de modo a me proteger melhor. Por isso que a terapia é importante demais nos dias hodiernos e sempre foi, no entanto agora está mais latente aos nossos olhos. Necessário é, colocar para fora tudo isso, o ato de falar com alguém preparado para lhe ouvir, sem julgamentos, rotulações e desrespeito, pode levar a pessoa que sofre tanto com a rejeição, ser curada.
Freud disse uma grande verdade: “O que não vira palavra, vira doença”.
Agora vamos burilar sobre o “luto”, sabia que existem vários tipos dessa dor?
Existem os seguintes “lutos” que as pessoas podem sofrer na decorrência da vida: o da morte de um ente querido ou de amigos e o de quando temos que nos distanciar de nossos familiares, lugares de nossa infância por conta de trabalho, término de relacionamentos que pode ser de amizades ou amorosos; entre outros.
O detalhe é quando não compreendemos sobre como nos prejudica vamos sublimando esse luto, até que chega um momento que o inconsciente cobra as “faturas emocionais” com juros. Muitos de meus pacientes às vezes sentam à minha frente e dizem, “não sei o que está acontecendo comigo” “estou tendo crises de ansiedade inexplicáveis”, por que está acontecendo tudo isso? pergunto a você leitor, quem sabe está acontecendo contigo também, a somatização das emoções não resolvidas podem gerar incongruências em nosso dia a dia. Procure ajuda, faça psicoterapia, você pode se limpar de tudo isso e renascer para uma nova visão dos propósitos de vida, verás as cores novamente onde o que antes era tudo cinza, encontrarás significados maravilhosos no prazer de viver nas coisas mais simplórias ao seu redor.
Tem uma frase que sempre digo e me sinto tão bem quando a falo, pois representa muitas coisas para a motivação que busco todos os dias do meu viver, “Enquanto eu respirar: há esperança, há como mudar, há como ressignificar, há como vencer”.
Quero encerrar essa reflexão com dois parágrafos do “Menestrel de William Shakespeare”, que é lindo demais, o menestrel é maior, porém destacarei somente uma parte, recomendo a você que tanto leia, bem como o ouça declamado, é muito instrutivo e gratificante.
Desejo que a sua vida seja mais clarificada por estas palavras que escrevo num lindo dia de sol de inverno!
“Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.”