Tecnologias x Crianças

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Existe um caminho para uma relação saudável? 

Mães e pais vivem em uma busca incessante pelo acerto na educação dos filhos. Se existe um tema no topo do ranking das dúvidas do que é melhor ou não, apostaria na relação das crianças e a tecnologia. Estamos diante da primeira geração de pais que educam com a internet fazendo parte do cotidiano, com direito a todos os produtos eletrônicos tão acessíveis e se modernizando dia a dia. 

Ficar perdido, errar e acertar faz parte da rotina. Afinal, essa relação, apesar de não parecer, é completamente nova para nós. Já para as crianças nem tanto. Parece que nascem prontos para desbloquear qualquer aparelho de telefone, mexer em TVs ou qualquer outro aparelho. A sensação é que não precisam aprender, já nascem com o dom. Porém, não podemos ignorar os prejuízos que o excesso da tecnologia pode causar à saúde e ao desenvolvimento dos nossos filhos.

Em 2020, com a pandemia, vimos diante de uma nova realidade, fomos forçados a pensar em uma nova relação com as telas. Até porque, a tela se transformou em sala de aula, recurso para atividade física, foi trabalho e até palco para festas de aniversários e confraternizações, mas e agora? Segundo pesquisa TIC Kids Online Brasil 2023, 24% dos entrevistados relataram ter começado a se conectar à rede na primeira infância, ou seja, até os seis anos de vida. Na edição de 2015, a proporção era de 11%, ou seja, mais do que dobramos esse número.


O uso excessivo de gadgets, pode trazer inúmeros prejuízos, como alterações comportamentais, suspeitas de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade-TDAH, além de problemas com audição (pelo uso de fones de ouvido), visão, postura e sedentarismo. 

A revista JAMA Ophthalmology publicou um estudo mostrando que os dados de miopia, por exemplo, entre crianças de 6 a 13 anos, mais do que duplicaram em 2020. A principal suspeita dos pesquisadores é maior tempo exposto às telas e falta de atividades ao ar livre. Não é difícil entender o motivo que as TVs, tablets e telefones atraem nossos pequenos. São bilhões de dólares atrás das empresas que trabalham com isso para manter cada vez mais as pessoas ali. 

A realidade é que precisamos achar e manter esse equilíbrio. O primeiro passo é a consciência do problema e, como pais, assumirmos a responsabilidade. Assim como cuidamos da alimentação, das tarefas escolares, é importante cuidar dessa relação dos nossos pequenos com as tecnologias. As principais orientações são:

Tempo – limitar o tempo de acesso.
Hábitos – até os dez anos, evite televisão, computadores e smartphones nos quartos das crianças, prefira em áreas comuns, ao alcance e fácil acesso dos pais.
Segurança – atualizar configurações que bloqueiem o acesso a conteúdos inapropriados.
Diálogo -importante explicar e exemplificar 

as limitações.

Como tudo na vida, a tecnologia também tem o seu lado bom e pode ser uma excelente aliada. Existem formas positivas na relação dos nossos filhos com os gadgets, como explorar a criatividade, os aplicativos para desenhar, contar histórias, danças, visitas virtuais e até noites de cinema em família. 

Que sigamos em busca do equilíbrio, fazendo do uso das telas uma maneira saudável, para que assim possamos cuidar da saúde mental e física dos pequenos, preparando-os para o futuro aproveitando o melhor que a tecnologia pode oferecer.

Equilíbrio é tudo! 

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