Fotógrafa, 39 anos, casada, mãe e empresária. Com 11 anos de carreira é CEO da DC House, um grande estúdio fotográfico em São José dos Campos – SP
Daniela Cruz, é fotógrafa, esposa, mãe, apaixonada por artes desde muito nova. Encontrou um equilíbrio admirável entre ser artista e empreendedora.
Ainda adolescente cultivava o sonho de ser empreendedora e não mediu esforços para alcançar seus objetivos.
Dedicação, disciplina, persistência e planejamento, se aplicam ao sucesso de seu estúdio fotográfico em São José dos Campos – SP.
Revista Meta: Quem é a Daniela Cruz, ou Dani Cruz, como você prefere ser chamada?
Dani Cruz: Na maioria das vezes, Dani. No meu Instagram estou como a fotógrafa Dani Cruz.
Em primeiro lugar, claro, sou mãe da Sara, esposa do Anderson, filha, irmã e amo a minha família. Essa é uma das coisas que mais prezo na vida. O relacionamento com a minha família, com as minhas irmãs, com o meu esposo e minha filha.
Dani Cruz é uma pessoa que ama arte, ama trabalhar com pessoas, estar com pessoas, eventos, festas. Desde muito nova, sempre gostei muito de fazer coisas que desafiavam a minha criatividade. E, além disso, também é uma grande empreendedora nata.
Hoje, beirando os meus 40 anos, esse é um fato que tenho muito conhecimento sobre mim. Que desde criança, adolescente, já sabia que iria fazer algo para mim, para que eu desenvolvesse alguma coisa que fosse trazer a minha renda.
Mesmo que eu tenha trabalhado em outros lugares, como CLT, sempre tive muito esse pensamento de criar alguma coisa que fosse minha, que dependesse da minha criatividade, do meu dia a dia, da minha expertise também na questão de empreendedorismo. Então, a Dani, com certeza, é uma empreendedora.
E, estudando um pouco sobre empreendedorismo, claro que tem pessoas que desenvolvem ser empreendedoras. Porém, acredito que o empreendedorismo tem muito a ver com o perfil pessoal, com um talento que ela nasceu para fazer. Porque empreender não é fácil, não é uma coisa que você aprende depois. Você precisa estar muito disposto a arriscar, passar por momentos difíceis e ter muita vontade de chegar ao objetivo. Existem pessoas que começam e desistem, por isso, acredito quem insiste em empreender é porque tem o perfil mesmo.
Revista Meta: Como foi a sua trajetória? Quando você entrou para fotografia profissionalmente?
Dani Cruz: Na minha adolescência, gostava muito de artes, leituras, poesias. Eu queria fazer faculdade de música ou arquitetura. Porém, minha adolescência não foi muito fácil, era de uma família com condições financeiras muito precárias.
Trabalhei em casa de família como empregada doméstica mesmo, dos meus 12 aos meus 23 anos.
Apesar de fazer tudo com muito amor, mesmo trabalhando em casa de família, limpava a mesa e falava, nossa, limpar é uma arte. Desenvolvia tudo com muito capricho.
Trabalhava numa casa de família cuidando de crianças. Uma ocasião minha patroa falou assim, “Dani, você tem muito jeito com crianças. Por que você não faz pedagogia? Isso pode te dar um trabalho numa escola e tal.” Falei, “bom, vou tentar.”
Então, tomei uma decisão e falei: “Eu preciso viver qualquer experiência que não seja em casa de família.” Já que fazia dez anos, praticamente, que estava trabalhando em casa de família.
Em 2006, entrei para faculdade de pedagogia e pagava a mensalidade com o dinheiro que ganhava trabalhando em casa de família. Mas era muito difícil. Porque na época, me lembro que o salário mínimo era 300 e poucos reais, e a faculdade era 495 reais; o salário não dava nem para eu pagar a faculdade. E assim, ia embolando uma mensalidade e outra.
Então, quando completou um ano, falei: “chega desse desespero”. Foi quando, virou uma chave na minha mente, cheguei para minha patroa, agradeci a ela que me apoiou muito na época. Ela não queria que eu saísse sem ter terminado a faculdade. Mas, não via possibilidades, porque fazendo o que fazia com uma mensalidade tão alta, não iria conseguir.
Sabia que tinha potencial para fazer qualquer coisa, porque eu tinha muita garra para tudo que vinha às minhas mãos; na escola tirava notas boas, os trabalhos que tinha para fazer eu desenvolvia bem. Ganhei uma bolsa de estudos e aprendi inglês.
Então, assim, sabia que se entrasse em qualquer tipo de experiência que fosse nova, mesmo que fosse diferente do que eu já sabia, iria desenvolver.
Comecei a procurar um trabalho em CLT e meio que “esqueci” do que queria fazer realmente, porque precisava estar aberta para o que havia no mercado. Em meados de 2009 comecei na Atento, onde fiquei por três meses; passei por treinamento de vendas e afins. Logo depois, comecei a trabalhar numa empresa no setor administrativo. E fui desenvolvendo habilidades nas áreas de atendimentos também.
Trabalhei também por dois anos em uma empresa de marcas e patentes onde era representante comercial atendendo todo o Vale do Paraíba e desenvolvi toda a parte de vendas, aprendi muito, inclusive a falar com empresários. Trabalhando nessa empresa, entrei para um curso de logística que oferecia bolsa no SENAC; que me ajudou bastante porque pagava um valor parcial. E me apaixonei.
Para apresentar o TCC precisava construir uma empresa, comecei a estudar tudo sobre gestão, administração de riscos, de contabilidade; toda a parte que envolve montar e criar uma empresa. Nesse meio tempo comecei a trabalhar em uma loja de departamentos. Logo depois fui promovida para o setor financeiro, uma área totalmente nova e consegui aplicar algumas técnicas que aprendia no curso de logística e outros aprendizados. Com um ano de trabalho, fui promovida a gerente geral da loja que contava com 50 funcionários, várias equipes e departamentos.
Para mim foi uma experiência que trouxe muito conhecimento sobre gestão que uso hoje no meu negócio. Lidar com pessoas e tudo o mais. Depois disso, foi quando precisei me mudar para outra cidade com meu marido, nessa cidade que foi em Recife, comecei a fotografar. Assim me encantei pela fotografia. Essa foi a minha caminhada até chegar na fotografia; fazendo da fotografia um negácio, uma mistura da arte com empreendedorismo.
Revista Meta: Qual foi seu primeiro contato com fotografia? Foi um hobby? Como você descobriu
a fotografia?
Dani Cruz: É, na verdade, foi totalmente um hobby, não tinha pretensão nenhuma de trabalhar com fotografia.
Quando trabalhava na loja de departamentos, um menino que conhecia, de 14 anos, estudava fotografia, pediu para comprar uma câmera em meu nome. Eu até achei bonitinho, tipo, ele teve a coragem de chegar e dizer: “Olha, patrocine meu curso, que eu te pago todo mês”. Ele fez o curso de fotografia, não deu certo e decidiu devolver a câmera. Acho que ele havia financiado em 12 prestações. Então fiquei com a câmera. E disse, “bem, agora tenho uma câmera profissional”.
Morando em Recife, sem emprego, em casa, saía ocasionalmente; comecei a praticar fotografia. Então, a fotografia surgiu bem casualmente para mim. “É engraçado. Coincidências curiosas. Era para ser, né?”
Me lembro que um pouco antes de pegar essa câmera de volta, fui a um evento e vi uma menina com uma câmera profissional fazendo fotos. Falei assim: “Nossa, deve ser legal ter uma câmera profissional, como será que é?”. Meses depois, estava com uma câmera nas mãos.
Estávamos começando a usar o Facebook, me lembro que em meados de 2011, criei o Facebook, não sabia nem usar direitinho. Usava o Orkut ainda.
Comecei a fotografar na rua, pessoas, cenas. Jamais pensava em fotografar pessoas como trabalho. Mas, com o tempo, em torno de 4 e 5 meses, uma moça que era influencer e Miss me pediu para fazer fotos dela, isso foi em 2012.
Falei: “posso fazer, mas eu
não sei tirar foto, nunca fiz
foto de ninguém”.
Ela falou: “vamos e eu te pago. “
Pensei assim, “nossa, então dá para ganhar um dinheiro com a minha câmera?” Assim, fizemos as fotos. Sempre mostro nos meus cursos essas fotos desse primeiro ensaio, porque marcou muito. Saímos andando pela rua, fomos à beira da praia, fizemos algumas fotos dela com o namorado, já fiz até um casal ali.
Me lembro que ela me pagou 60 reais por essas fotos. Quando peguei o dinheiro, falei: “vou ganhar dinheiro com isso aqui, agora vou estudar e me tornar uma fotógrafa”.
Montei a minha página “@fotografadanicruz” e comecei a estudar. Em viagem à São José dos Campos – SP, comprei uma câmera melhor, fiz um ensaio aqui de uma pessoa e postei essas fotos. Quando postei as fotos, pouco tempo depois, fui recomendada por uma pessoa para agência de modelos que estava precisando de fotógrafo profissional.
Fui bem sincera e falei que sabia muito pouco, porém estava disposta a treinar e aprender. Disse ao pessoal da agência: “se vocês estiverem dispostos a me ensinar, estou disposta a aprender”.
Fiquei um bom tempo nessa agência e foi praticamente a minha escola. Todo diferencial que consigo trazer hoje, na questão principalmente de direção, aprendi nessa agência, porque fazia de dez a quinze modelos por dia e pessoas totalmente diferentes umas das outras.
“Uma mais gordinha, mais magrinha, uma tímida, de mais idade, mulheres, homens, crianças, todo o tipo de pessoa. E tinha muito, muito, muito empenho em aprender. Trabalhava o dia inteiro, ficava até a noite. Nesse tempo que fiquei na agência, muitos fotógrafos entraram e saíam, e eu continuava lá, firme, porque sabia que essa experiência iria ajudar muito em meus projetos futuros”.
Revista Meta: Qual foi seu maior desafio
na carreira?
Dani Cruz:Acredito que foi quando cheguei num limite e precisei tomar decisões que eram mais arriscadas, como colocar pessoas comigo.
Acredito que se você é um profissional artístico, principalmente, se faz o bolo, faz manicure, cabelo, entre outras atividades; sempre irá chegar em um momento que não conseguirá realizar tudo sozinho (a). Então, tem dois caminhos, ou irá colocar o seu preço lá em cima e trabalhar o menos possível, ou colocará pessoas.
Acredito que o maior desafio foi quando comecei a incluir pessoas do meu lado, porque dá aquele “frio na barriga”. A primeira pessoa que inclui foi a Damares, que hoje é minha sócia. Então, acho que para todo profissional, irá chegar num ponto que terá esse desafio.
O maior desafio é sempre quando se chega a um limite de produção e precisa crescer.
Da mesma forma que foi investir com a Damares, depois incluímos uma editora, fomos inserindo mais pessoas, acredito que isso foi um grande desafio.
Quando olho para trás, foi um obstáculo que consegui passar e tenho conseguido ainda, aos poucos, superar.
Revista Meta: Fale da criação da DC House, e tudo que oferece dentro desse projeto.
Dani Cruz: Na verdade, até então, era a Dani Cruz Fotografia. E assim, eu tinha planos, primeiro, de dividir os mercados. Antes da DC House, criei a Click Business, que veio até antes da Damares começar.
Percebi que tinha dois públicos diferentes:
• Gestantes (famílias, crianças) e
• Os empresários.
Sabia que a estratégia seria muito melhor se conseguisse criar um público para cada negócio. Separamos as páginas:
• Dani Cruz Fotografia e
• Click Business.
Não foi uma decisão fácil. Mas tinha muita clareza na mente de que para atingir uma pessoa específica, precisava falar de forma muito clara com ela. Sentia que quando falava para gestantes, não estava falando para o empresário e vice-versa.
Foi uma decisão difícil e de um tempo, em torno de um ano, entendi que realmente foi assertiva.
Logo após, vem um terceiro negócio, um terceiro nome que é DC House. Temos um projeto de fazer o estúdio crescer e andar sozinho, como fotógrafa, sei que irá chegar uma hora que não vou dar conta de fazer tudo e vou querer e precisar descansar. Mas o estúdio não pode parar.
Se o estúdio estivesse totalmente atrelado ao meu nome, ele sempre dependeria de mim. Então a ideia é que a DC House seja um grupo que forneça vários tipos de serviços de mídias.
Não somente fotografias, mas vídeos, fotos de produtos, sites de gravações e tudo mais. Então, aqui é uma empresa que fornece inúmeras opções de soluções para os clientes.
Temos o grupo DC House que envolve as várias modalidades: o PodCast, o Marketing, a Dani Cruz Fotografia, a Click Business.
Enfim, a DC House é um grupo de várias soluções entre outras marcas que virão em breve, que serão as demais funcionalidades que vamos oferecer.
Revista Meta: Como é ser mulher no ramo fotográfico, isso é uma barreira a menos para ensaios de gestantes?
Dani Cruz:Bom, há 11 anos, na verdade, era bem difícil para um fotógrafo homem ter liberdade e fotografar mulheres. Principalmente gestantes, porque os maridos participam. Então, no geral, elas preferem mulheres até hoje. Eu tenho muitos amigos fotógrafos que são super profissionais que não são escolhidos porque são homens.
Então, quando vim com a Click Business, pensei vou deixar a Click Business só para mulheres, já que tinha um contato muito maior com mulheres. Quando saí do estúdio de moda, foquei em retratos femininos.
Quando vim pra São José dos Campos – SP, foquei em mulheres gestantes primeiro; parei praticamente com os ensaios femininos, foquei em gestantes, porque era um mercado muito melhor aqui, depois, comecei a fazer as empreendedoras. Porém, comecei a ter procura de homens, no corporativo também que achava que não fosse ter muita procura por ser mulher.
Revista Meta: Falando do mundo corporativo, como nasceu a Click Business?
Dani Cruz: A Click Business nasceu exatamente quando percebi que as gestantes que fotografava começavam a empreender depois dos filhos nascerem.
Houve ali uma transição de carreira o que é muito comum. Uma mãe engravida, quando o bebê nasce e passam-se em torno dos quatro meses, ela precisa voltar a trabalhar e começa a empreender.
Então, quando clicava a gestante, passavam alguns meses do nascimento do bebê, ela me contatava para fazer um novo ensaio, porque estava começando a empreender. Assim, fui fazendo de início, mas despretensiosamente, ainda não tinha tanto essa questão do Instagram.
Aqui, neste espaço, estamos há um ano e meio. Antes disso, você tinha um estúdio menor. Eu atendia em casa.
Abrindo um parêntese: Na verdade, no próprio Rio de Janeiro, quando saí da agência, montei um estúdio dentro do meu apartamento que era bem pequenininho; meu marido chegou um dia, do nada, tinha um estúdio no quarto e trabalhei muito nesse estúdio no apartamento, no Rio de Janeiro. Quando vim para São José dos Campos, montei um estúdio dentro da minha casa e atendia. Realizei muitos ensaios ali. Isso, em meados de 2016 e 2017.
Revista Meta: O estúdio foi aberto em 2021, quando todos estavam indo trabalhar em casa, você estava saindo de casa para abrir um local. Como foi estar nessa contramão?
Dani Cruz:Depois que saí de casa; falei: “preciso atender em algum espaço, vou atender no externo? Beleza, eu poderia ser fotógrafa de externo. Tem gente que só faz no parque. Mas não é todo o público que quer a foto externa.
Primeiro, comecei atendendo em um call work para fotógrafos. De início, na pandemia e tal, no custo-benefício, estava legal. Mas eu tinha muita coisa em mente, queria fazer muito mais. Queria mais espaço, ter liberdade de clicar e compor a foto da forma que eu quisesse, atender no domingo, atender à noite.
E aí, falei: “se estou conseguindo trabalhar no call work, onde pago por hora e no fim do mês, acaba gerando um valor significativo de locação e tudo mais, tenho certeza de que consigo um espaço.
Mas, assim, na minha cabeça, desde que fiz os cursos de fotografia, tinha um galpão em mente. Porque eu fiz o curso profissional de fotografia mesmo, no Senac, em um galpão. E eu queria um galpão. Porém, para mim, isso estava muito fora da minha realidade.”
Como sou uma pessoa persistente. Falei: “deixa eu ver primeiro, vou dar uma olhada naquele galpão ali, que está meio abandonado, detonado. Vou conversar com o dono, fazer uma proposta e, tenho certeza que vai dar certo”.
Resumindo a história, em um mês de processos para aprovação, negociação e tudo mais, deu tudo certo.
“E, sendo bem sincera, quando alugamos aqui, o nosso faturamento mensal, era praticamente o valor do aluguel. Então, sabia que iria precisar trabalhar mais, e precisava ganhar, aumentar o meu faturamento, estando aqui, em pelo menos 200%.
Mas tinha certeza que iria dar certo. Conversamos, eu e a Damares, foi até nesse momento que ela entrou na sociedade comigo. Falamos: “vamos para cima, vamos fazer isso acontecer? E começamos. Hoje, estamos aqui há um ano e meio, mais ou menos, e posso dizer batemos 700% de crescimento desde que assumimos”.
Revista Meta:O que mais gosta de fotografar e o que isso significa para você?
Dani Cruz:“Não me canso de fotografar. E às vezes falo: “nossa, preciso parar um pouco”. Mas o ato de fotografar, em si, é muito prazeroso para mim. Acho mágico.
A fotografia é mágica, porque o poder que ela tem de congelar o tempo, para qualquer pessoa, contar a história com detalhes, é mágico.
Para mim, a fotografia é algo que Deus deixou e, demorou para entregar ao homem, somente em 1800 que o homem teve acesso, mas se você ler a história, Platão já sabia que dava para fazer uma foto. Às vezes penso, “por que Deus demorou tanto para entregá-la à humanidade? Porque é muito mágico. Para mim, tudo que faço, me emociono para falar, (emocionada), porque são muitas e muitas histórias que já contei. Quando paro para olhar as crianças hoje, já crescidas, estou meio velhinha, olho as fotos dessas crianças pequenas, com detalhe, vejo o sorriso; acredito que para a mãe, família, a fotografia, é uma herança”.
Falo sempre para as pessoas, fotografem todos os dias.
“Não importa se você tem uma câmera profissional, se você tem o seu celular, porque os detalhes contam a história de uma forma que ninguém consegue contar. Na maioria das vezes não conseguimos lembrar dos momentos com os detalhes. Às vezes tentamos lembrar, a exemplo, tento lembrar da minha infância e me lembro pouca coisa, não lembro dos detalhes. Se eu tivesse um álbum e as fotografias, me possibilitaria viver as emoções novamente.”
Então, “fotografar, para mim, é um dom que Deus me presenteou. Da mesma forma dos outros dons que são muito bonitos, a fotografia para mim é isso. Estarei com 90 anos com a câmera na mão e contando histórias independentemente de qualquer coisa, porque é um presente”.
Revista Meta: O que espera alcançar profissionalmente nos próximos anos?
Dani Cruz:Bom, quero muito crescer como artista.
Tenho trabalhado muito e, consigo me dedicar pouco ao que quero fazer mesmo, que é a fotografia.
Fotografo todos os dias e me dedico pouco à fotografia, eu acho. Porque, na verdade, estou mais me dedicando à empresa do que à fotografia em si.
Quero crescer muito como artista e tem muitas coisas que quero aplicar ainda. Testes que quero fazer, tenho várias câmeras analógicas que quero usar.
Gostaria de criar algo, criar um legado que as pessoas possam pegar na mão e olhar, que conte melhor o que vejo do mundo. Então, o meu propósito daqui para frente é que a empresa consiga andar com suas próprias pernas e eu tenha mais tempo para contar outras histórias.
Esse projeto será um pouco da minha visão mesmo, do que acho bonito. Sair para clicar em algum lugar diferente, fazer uma viagem somente para fazer registros legais. Fotografar pessoas, fazer um pouco de fotojornalismo que também acho legal; viajar, fotografar culturas diferentes. Podem esperar que em breve vocês irão ver trabalhos mais autorais e conhecer um pouco melhor, um pouco mais a fundo, o olhar da Dani Cruz.
Revista Meta: Deixe uma mensagem aos
nossos leitores.
Dani Cruz: Temos um curso, “Fotografia do Zero” com mentorias focadas em suas dificuldades. Para você que tem vontade de tirar foto, mesmo que não seja para trabalhar.
O que tenho a dizer para você que tem vontade de começar a fotografar, é só pegando uma câmera na mão e clicando que irá começar a sentir e ter o domínio dessa mágica também. Então, clique.
Se você não tem uma câmera, pegue seu celular, use no modo retrato, comece a fazer alguns exercícios, pesquisar vídeos no YouTube e comece a mostrar também.
Existem muitos artistas que não mostram o que fazem, porque têm essa dificuldade; o artista, é autocrítico demais.
Quantos pintores e artistas morreram, e não se soube até que a obra se tornou famosa, justamente pela insegurança que tinham.
Então, se você tirou uma foto, envia para mim ou para um fotógrafo que você goste, e fale: “o que você acha dessa foto e tudo mais”; será um prazer contribuir com você.