As mudanças visam aprimorar a experiência do usuário e priorizar conteúdos de alta qualidade
Nos últimos meses, o Google tem realizado constantes atualizações em seu algoritmo de busca, impactando significativamente a classificação dos sites nos resultados de pesquisa. Essas mudanças visam aprimorar a relevância e a qualidade das informações apresentadas aos usuários, que ofereçam uma melhor experiência de navegação.
E, claro, a comunidade de SEO tem relatado flutuações significativas nas classificações, tanto positivas quanto negativas. Segundo Marcos Alonso, sócio fundador da Curacautin, consultoria especializada em SEO, performance e marketing digital, os sites ou negócios que vêm trabalhando com uma cultura de SEO e seguindo as boas práticas, certamente não foram impactados negativamente com as atualizações. “As mudanças e atualizações do Google são sempre no sentido de melhorar a experiência do usuário. Em geral, se a estratégia está bem definida, se existem esforços buscando resolver problemas e mantendo o site com estruturas e tecnologias atualizadas, não haverá grandes mudanças a serem feitas na estratégia do negócio, como, por exemplo, o trabalho que realizamos com a Aurora Fine Brands, em que observamos um crescimento de 22% de tráfego orgânico em 2024 em comparação a 2023, mesmo diante destas mudanças no algoritmo.
Uma das principais mudanças foi a introdução de um algoritmo focado na experiência do usuário (UX), o que reforça a importância de elementos como a velocidade de carregamento das páginas, a navegação intuitiva e a compatibilidade com dispositivos móveis. Sites que oferecem uma experiência mais fluida e agradável tendem a ser melhor classificados. Esse enfoque na UX segue a tendência iniciada com a atualização “Core Web Vitals”, que avalia métricas de desempenho como LCP (Largest Contentful Paint), FID (First Input Delay) e CLS (Cumulative Layout Shift), que são, basicamente medidas utilizadas para avaliar o desempenho da página, para que o usuário não chegue nela e demore muito para abrir, o que vai frustrar sua experiência. Elas são fundamentais para entender como o site está performando nos resultados de busca e para identificar oportunidades de melhoria.
Outra atualização significativa foi o aumento do uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina para compreender melhor a intenção de busca dos usuários. Com isso, conteúdos que respondem de maneira mais direta e abrangente às perguntas dos usuários ganham maior destaque. Além disso, trouxe mudanças no tratamento de conteúdos duplicados e de baixa qualidade. O Google aprimorou suas capacidades de detectar e penalizar práticas de SEO abusivas, como a criação de backlinks artificiais ou o uso excessivo de palavras-chave (keyword stuffing). Sites que priorizam a produção de conteúdo original, bem pesquisado e de alta qualidade são recompensados com melhores posições no ranking de buscas.
Trabalhando há mais de 10 anos na área, Alonso acredita que o mais importante agora é não tentar “enganar” o sistema, com a utilização de conteúdo raso gerado por IA ou a compra indiscriminada de links, e entender como as pessoas buscam pelo seu serviço ou produto, para adaptar seu conteúdo e responder a estas dúvidas. “É só não ir contra as regras do Google. Algumas mudanças certamente tiveram foco em ‘pegar’ sites que não têm uma construção natural de links e usam estratégias duvidosas para tentar aumentar a autoridade de páginas e domínios. Mas ainda com essas mudanças existem boas oportunidades para uma construção de links mais orgânica e usando estratégias de PR Digital, com conteúdo próprio”, diz.
As recentes atualizações do algoritmo do Google refletem uma evolução contínua em direção a um ambiente de busca mais justo e eficiente, onde a qualidade e a relevância são recompensadas. Para proprietários de sites e profissionais de SEO, a mensagem é clara: investir em conteúdos autênticos e valiosos, assim como em uma experiência de usuário otimizada, é mais importante do que nunca para manter e melhorar a visibilidade nos resultados de pesquisa.