Jornada de Autodescoberta: Resiliência diante de Desafios e Mudanças

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Foto: Shutterstock

Uma jornada singular e individualizada, no entanto, envolve um processo de recuperação e reintegração à nova realidade após a perda

Está aí um assunto muito importante falarmos sob o ponto de vista terapêutico, o “luto”, trata-se de uma das fases de nossa vida que inevitavelmente vamos passar, mas não para por aí, não é só o luto de morte que existe, tem outros tipos também, vamos falar de alguns aqui, seus efeitos em nossa vida e quais as direções temos que tomar para poder conviver melhor com tudo isso.

O Luto pode se identificar sobre alguém que perdemos ou alguma coisa muito importante para nós.

É sabido que todos nós estamos de passagem por este mundo, a nossa vida é feita de ciclos, que começam e terminam, de recomeços e uma luta constante para tentar de algum modo viver da melhor forma possível.

Existem os lutos por perda de algum ente querido, pelo fim de um relacionamento, por ter que ir morar longe da família, pela perda de bens materiais e recursos financeiros etc.

“Luto é algo que acontece ao menos uma vez na vida de todas as pessoas, de qualquer parte do mundo. A chave para entender o luto é perceber que ele é diferente para cada pessoa e não necessariamente envolve a morte – embora este seja o tipo mais comum.” – Dr. Rui Brandão. 

As sensações advindas do luto, são várias, depende do tipo que estás a sofrer, no geral vem uma dor profunda na alma, uma angústia terrível, uma vontade de sumir, de não fazer mais nada, pois tudo parece que perde o sentido em nossa vivência.

O luto por morte, meu Deus, como é difícil superar a partida de alguém que tanto amamos, que passamos momentos inexprimíveis com essa pessoa, memórias que ficarão para sempre no lugar mais quentinho do coração, mas o que algumas pessoas têm dificuldade é de conviver com essa perda, aí paralisam muitas áreas de sua vida, alguns até desacreditam que podem recomeçar no âmbito das emoções afetivas.

A psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross em suas pesquisas elenca algumas fases do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

A pessoa em luto tenta inicialmente de todas as maneiras negar que de fato a coisa aconteceu, é o tal da “ficha ainda não caiu”, é muito sério isso; pois sempre percebo isso no trato terapêutico com os pacientes em luto, eles negam, não querem aceitar de forma alguma que teve a perda, sofrem muito, e quanto mais tempo levar para se ressignificar, mais a vida presente demorará para evoluir, para alcançar novos ciclos de conquistas, de vivência harmônica consigo mesmos.

Ficam com muita raiva de si mesmos, tentam barganhar com alguma coisa retirada lá do “fundo do baú”, para que se sinta melhor, mas logo passa e a dor vem maior ainda. Quando não aceita, a depressão vem, a pessoa não consegue conceber que o que se perdeu, seja um ente querido ou algo material, ou de nosso plano, recuperável ou não, não vai voltar, aí mergulha até os “porões da alma” e aprisiona a sua criança interior, mais vezes que possa imaginar.

Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que eu escolhi me tornar” – Carl Jung.

Você que é empresário, empreendedor, aquela pessoa que faz alguma coisa de casa mesmo, lutando no seu dia a dia, não permita que nenhum tipo de luto venha lhe afetar, pois esse período triste, tem que ter início, meio e fim.

Se for luto pela perda de um ente querido, não significa que você irá deletá-lo de sua memória, não, irás seguir em frente, saiba que existem manejos terapêuticos que podem lhe ajudar a ir à direção certa, conseguir levantar dessa cama, desse marasmo, dessa dor.

Quando deixamos tudo isso nos dominar, os nossos sonhos que estão repousando em nossas empresas, vão sendo drasticamente afetados; viva o luto, sim, mas de modo consciente e relevante, pois pode muitas pessoas dependerem de você também. Já tratei pacientes que estavam sendo “prejudicados” pelo luto há mais de 10, 15 e 20 anos, quando elas conseguiram se ressignificar, foi libertador para elas e lindo de ver, porque até as “ondas vibracionais e gravitacionais” delas mudaram a sua significância. 

Faço votos que você se recupere da partida de alguém que tanto amava, de algum bem que lutou muito para conseguir e perdeu, por um relacionamento afetivo que não deu certo, que teve que morar muito longe das pessoas que você cresceu junto, que neste momento sintas um bálsamo curador descendo sobre a sua mente, passando pelo seu coração e descendo até a sua alma!

Donizeth Silva
Psicanalista Clínico e Psicoterapeuta
CBPC 2022-1176
@kerigmasolutions_psicanalista

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