Artigo por Lincoln Eloy, Diretor Comercial da Estoquee
Uma estratégia que tem ganhado popularidade é a venda de produtos nichados, que atendem a um segmento específico do mercado. Eles podem ser únicos em design, função ou marca, e geralmente têm uma demanda consistente, embora limitada. Os sellers que optam por esta estratégia podem se beneficiar de várias maneiras, já que a relativa exclusividade desses itens cria uma demanda consistente.
Primeiro, eles enfrentam menos concorrência, pois esses são produtos menos prováveis de serem vendidos por grandes varejistas, o volume de vendas tem a tendência de ser mais baixo, porém com maior margem de lucro. Além disso, preços mais altos podem ser aplicados, uma vez que os clientes podem estar dispostos a pagar mais por produtos que atendem às suas necessidades específicas.
De acordo com um estudo publicado recentemente, a Dassault Systèmes revelou que 83% dos consumidores preferem produtos com personalização, e 25,3% estão dispostos a pagar mais por esses produtos. Isso abre caminho para estratégias de precificação dinâmica, onde os preços podem ser ajustados em tempo real com base em algoritmos que consideram fatores como demanda, custos de aquisição e elasticidade de preço.
A precificação de produtos nichados é uma arte que equilibra valor percebido e disposição de pagamento. Para conseguir sobreviver e alcançar uma margem de lucro maior, é necessário identificar o nicho correto para saber posicionar sua loja virtual. Os varejistas de sucesso geralmente realizam pesquisas macro e micro de mercado, incluindo benchmarking, além de mapear as personas (público-alvo), visando entender o comportamento dos concorrentes no mercado, assim como as necessidades e desejos dos clientes em potencial. Eles devem considerar fatores como idade, localização, interesses e comportamento de compra.
Varejistas devem realizar análises profundas do mercado, utilizando ferramentas de Data Mining e Big Data Analytics para extrair insights valiosos sobre tendências emergentes e comportamento do consumidor. Essa identificação e compreensão são cruciais. Conforme pesquisa feita pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 30,2% das micro e pequenas empresas na área do comércio encerram suas atividades após 5 anos, sendo o índice com a maior taxa de mortalidade das empresas, devido a problemas relacionados à falta de planejamento e gestão da marca.
Fornecedores
A construção de uma cadeia de suprimentos robusta é vital. Parcerias estratégicas com fornecedores que compartilham valores e visões de negócios semelhantes podem resultar em um fluxo de produtos de alta qualidade e entrega pontual. A seleção de empresas que compartilham os mesmos valores e visão de negócios pode levar a parcerias estratégicas de longo prazo e sucesso mútuo.
Marketing digital
Desenvolver estratégias de marketing digitais eficazes também é essencial. Empresas maiores ou startups precisam investir para ganhar notoriedade e obter resultados. Além das práticas tradicionais como SEO e e-mail marketing, estratégias como Marketing de Conteúdo e Marketing de Influência são fundamentais. A utilização de Inteligência Artificial para personalizar a experiência do usuário e a implementação de Realidade Aumentada para visualização de produtos são tendências que podem aumentar significativamente o engajamento e as conversões. Segundo pesquisa feita pela Twilio, 8 entre 10 empresas que investem em marketing digital conseguem atingir suas metas financeiras.
Por fim, operar com produtos nichados no e-commerce exige mais do que apenas uma estratégia de vendas; demanda uma abordagem holística que integra pesquisa de mercado avançada, parcerias estratégicas e inovação contínua em marketing. Com a mentalidade correta e a disposição para se adaptar rapidamente às mudanças do mercado, os varejistas podem não apenas sobreviver, mas prosperar no competitivo ambiente do comércio eletrônico.