Cerca de 30% das pequenas empresas estão com pendências financeiras

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Foto: Lais Monteiro

Segundo pesquisa realizada pelo SEBRAE em parceria com o IBGE, 55% das pequenas empresas gastam 30% ou mais de sua renda com contas em atraso

O atual contexto econômico tem sido desfavorável para muitos micros e pequenos negócios, que enfrentam dificuldades financeiras devido à diminuição do poder aquisitivo das famílias e à queda no faturamento das empresas. Como resultado, 3 em cada 10 desses empreendimentos estão inadimplentes.

A pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo SEBRAE em parceria com o IBGE, constatou que o percentual de empresas com dívidas em aberto aumentou entre agosto de 2022 e janeiro de 2023 do universo das Micro e Pequenas Empresas.

O aumento dos custos e a falta de clientes ainda são os fatores que mais trazem dificuldade para o negócio no momento: são algumas justificativas para esses fatos apontados.

Cerca de 63% dos Microempreendedores Individuais (MEI) têm mais de 30% de seus custos mensais destinados a pagamentos de dívidas, tornando a situação ainda mais crítica para esses empreendedores, de acordo com levantamento.

Essas empresas afirmam que estão sofrendo uma redução no seu faturamento, e respectivamente o aumento no nível de inadimplência.

Aproximadamente metade das Micro e Pequenas Empresas estão nessa situação. Esse resultado indica um crescimento de 4 pontos percentuais em comparação com o número observado em agosto do ano passado.

Segundo o presidente do SEBRAE, Carlos Melles, o dado é preocupante e mostra uma quebra na tendência de recuperação do cenário geral dos pequenos negócios, que vinha mostrando melhora desde abril de 2022.

Várias dessas empresas investiram em máquinas e equipamentos (31%) e instalações (26%).

Carlos Melles, analisa: “Depois da crise causada pela pandemia, as MPE tinham conseguido melhorar seu nível de endividamento e estavam otimistas com a retomada da receita. Mas o contexto de inflação, que comprometeu o poder de compra das famílias, levou a uma nova queda do consumo e a um refluxo da situação de dívidas em atraso”.

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