Mundos ambíguos caminhando de mão dadas
A agricultura e a tecnologia podem parecer para uma parcela não atualizada da população mundos muito distantes. A ideia bucólica sobre o campo deve ficar no passado.
A agricultura brasileira é a grande responsável pelo crescimento do PIB brasileiro há alguns anos, aproximando-se de 25% do total das riquezas produzidas e um quinto dos empregos gerados. E isso somente é possível porque os profissionais do campo fizeram a opção pela tecnologia.
No Brasil, e com grande influência no mundo, essa opção pela tecnologia tem nome, Alysson Paolinelli. Um mineiro visionário, ministro da agricultura em 1974, criador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA e concorrente ao Nobel da Paz por duas vezes. Vale a pena saber mais sobre esse grande homem (www.redepaolinelli.com.br), que criou caminhos para o aumento da produtividade no campo, objetivando a segurança alimentar e aumentando consequentemente a sustentabilidade.
Hoje, temos diversas tecnologias que já podemos nomear como rotineiras na agricultura. Máquinas controladas via satélite, automatização de colheitas e precisão na aplicação de defensivos agrícolas via sensores, são apenas
alguns exemplos.
A tecnologia aplicada à biologia também está presente e permitiu o aumento da produção por hectare, o duplo plantio anual, o melhoramento da área plantada e agora tem colaborado muito para que esse crescimento continue de
forma sustentável.
A simbiose entre agricultura e tecnologia é tão simétrica que pôde ser vista na CES 2024, feira de tecnologia que ocorre nos EUA anualmente. Lá a Airfarm apresentou uma espécie de estufa inflável onde é possível produzir alimentos a qualquer hora em qualquer lugar. Grande opção para territórios áridos.
No Brasil, como pioneiros, também temos um ecossistema de empresas e startups bastante ativos, a joseense AgroTools é um grande exemplo, com suas soluções em geoprocessamento.
Recentemente, John Deere, maior produtora de máquinas agrícolas do mundo, se juntou a Starlink, do sempre presente Elon Musk, e conectarão as máquinas via satélite. O Brasil poderá ser o país onde o projeto terá início.
Bem, como entusiasta da tecnologia e de família de origem rural, estou otimista. A tecnologia nos permitirá ter alimentos em abundância com o menor impacto negativo possível sobre a natureza. E isso não é futuro, já estamos colhendo frutos e arando a terra com drones para os próximos plantios. Agora, quando alguém disser que o Brasil é a fazenda do mundo, orgulhe-se, somos mesmo, e que bom.
