Uma data crucial para destacar a importância deste problema de saúde
A diabetes é uma preocupação de saúde global, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se de um grupo de doenças metabólicas que elevam os níveis de glicose no sangue devido a problemas na produção ou ação da insulina.
Compreender os diferentes tipos de diabetes e as pessoas que convivem com essa condição é essencial para promover empatia e apoio.
O mês de conscientização do diabetes é novembro. Durante esse período, inúmeras campanhas visam aumentar a conscientização, fomentar a prevenção e oferecer suporte àqueles que enfrentam essa condição.
Atualmente, cerca de 588 mil pessoas vivem com Diabetes Tipo 1 no Brasil, frequentemente diagnosticado em idades precoces, como infância e adolescência. Nesse tipo de diabetes, o sistema imunológico ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. A sobrevivência para essas pessoas depende de injeções diárias de insulina, tornando a gestão da condição um desafio constante que envolve equilibrar alimentação, atividade física e insulina.
No entanto, os números do Diabetes Tipo 2 são alarmantes. Estima-se que 12,5 milhões de brasileiros sofrem dessa condição, ocupando o 4º lugar dentre os países com maior incidência. O Diabetes Tipo 2 é mais comum em adultos, mas sua crescente prevalência entre os jovens está ligada a estilos de vida sedentários e dietas inadequadas. Nessa forma de diabetes, a resistência à insulina é o problema, com o corpo não utilizando a insulina de forma eficiente.
Esforços de prevenção, como manter uma dieta equilibrada e praticar exercícios, são fundamentais para evitar o desenvolvimento do Diabetes Tipo 2.
A Diabetes Gestacional, que ocorre durante a gravidez devido à produção insuficiente de insulina, requer atenção especial para garantir a saúde da mãe e do bebê. Após o parto, muitas mulheres com Diabetes Gestacional voltam aos níveis normais de glicose, mas têm um risco aumentado de desenvolver Diabetes Tipo 2 no futuro.
Por trás das estatísticas e dos tipos de diabetes, há pessoas reais com histórias, sonhos e desafios únicos. Muitas enfrentam estigma e desinformação, o que pode dificultar ainda mais o gerenciamento da doença. É essencial lembrar que as pessoas com diabetes são heróis em suas próprias jornadas, lutando diariamente para equilibrar seus níveis de glicose, manter a saúde e viver vidas plenas.
Meu próprio diagnóstico de Diabetes Tipo 1 é apenas uma das inúmeras histórias de pacientes que, por falta de conhecimento, não são diagnosticados adequadamente. Aos 14 anos, após uma série de sintomas, como sede intensa e vômitos, fui tratado por virose no pronto-socorro, mas meu estado piorou quando retornei para casa. Acabei em coma diabético, e foi somente quando um médico fez um simples teste com uma picada de agulha e uma gota de sangue, que houve o diagnóstico correto.
Muitos não recebem o tratamento necessário no sistema de saúde público (SUS), e familiares frequentemente recorrem a remédios caseiros e soluções milagrosas devido à falta de compreensão da doença. Além disso, complicações emocionais e outras condições de saúde podem afetar diretamente os níveis de glicose no sangue.
É crucial entender que não existe “diabetes alto” ou “baixo”. Não se trata apenas de evitar doces ou praticar exercícios. Com conhecimento e tratamento adequado, é possível levar uma vida normal, desfrutando de uma variedade de alimentos.
Convido a todos a se envolverem mais com o entendimento dessa doença, a se conscientizarem para sua própria saúde e para a saúde de seus entes queridos. Juntos, podemos prevenir e conviver com o diabetes, garantindo uma vida saudável e plena.