Pioneirismo e ousadia de João Bosco em busca de inovação culminam em um legado para gerações
Em um dia comum, João Bosco Aurichio entrou em uma ótica apenas para comprar um óculos e foi recebido pelo proprietário. Esse encontro mudaria sua vida para sempre ao receber o convite para trabalhar ali. Tornou-se um funcionário na loja, tratava todos os clientes com respeito e oferecia um serviço excepcional.
A busca para ser o melhor na área resultou na construção de uma potência no ramo de óticas em São José dos Campos – SP, a Estilus Ótica. Atualmente, ele divide as tarefas na Estilus Ótica e Estilus Ótica Select com seu filho Guilherme e o sócio Marcos Silva.
Guilherme Aurichio, é sócio proprietário da empresa. Herdou de seu pai, a administração dos negócios e a empatia pelas pessoas. Tem como principal foco a liderança da equipe e manutenção de uma cultura de excelência.
Como equipe, desenvolvem com afinco as atividades da empresa criada em 1986, na cidade.
Revista Meta:João, para alguns na cidade você já é conhecido. Conte-nos um pouco sobre você e de onde veio?
João Bosco:Meu nome é João Bosco Aurichio, sou joseense. Nasci no hospital Pio XII. Meu pai é de Monteiro Lobato; ele foi farmacêutico. A farmácia dele era no bairro de Santana, era bem conhecido por lá. Então, “nasci” em uma farmácia. (risos).
Somos uma família de sete irmãos por parte da minha mãe. Ela faleceu quando eu tinha 9 anos, meu pai casou-se novamente e teve mais quatro filhos. Então, fomos onze irmãos, hoje, em dez. Uma família grande.
Após o falecimento da minha mãe e da minha avó paterna, meu pai enfrentou alguns problemas que afetaram sua vida. Ele estava em uma fase de sucesso com a farmácia, porém, as coisas mudaram um pouco depois disso. Então, houve um momento de perdas que afetou sua vida profissional e financeira. Nesse período, com bastante filhos, não foi nada fácil para ele. No entanto, graças a Deus, todos, cada um de seu jeito, venceram os obstáculos. E eu fui um deles.
Revista Meta: Como foi a decisão de empreender no ramo de óticas?
João Bosco:Aos meus 16 anos, estava precisando fazer um par de óculos. Em um dia fatídico, entrei na ótica e fui atendido pelo proprietário, que me convidou para trabalhar na loja dele. À época, ainda não havia tido um emprego. No entanto, a minha ideia era trabalhar por um período, principalmente visando gerar rendimentos financeiros e estudar.
Pensava fazer um curso de química e ingressei no curso de química em Mogi das Cruzes -SP. O emprego na ótica seria apenas para conseguir pagar meu curso.
Sempre fui muito dedicado ao meu trabalho. Naquele período, na ótica conheci muitos clientes e nem me importava quem eram, apenas os atendia muito bem. Trabalhei na área de montagem de óculos e depois em vendas. Sempre procurava ser o melhor em vendas.
Um dia, no curso de química, um amigo me sugeriu que investisse no seguimento de ótica, já que eu gostava bastante dessa área. Pensei bem e decidi fazer o curso de técnico em óptica.
Tempos depois, já no curso de óptica um amigo que já tinha uma ótica me convidou para reabrir uma segunda loja que não havia dado certo e estava fechada. Foi um momento de decisão um pouco conturbado. Estava recém-casado, iria sair de uma empresa que tinha um salário certo há anos, para empreender. Porém, aceitei o desafio. Não foi nada fácil. Enfrentar os desafios do salário incerto foi um dos maiores obstáculos que superei.
Como meu sócio possuía outra loja que já era bem-sucedida a atenção dele era para essa loja e acabei ficando na linha de frente da sociedade. Foi então que senti a necessidade de inovar e de tomar medidas proativas para impulsionar as vendas. Pois a empresa não estava progredindo financeiramente.
Minha ex-mulher, à época, trabalhava na Embraer e acabou ajudando inicialmente no processo todo. Na verdade, a empresa rodava, mas não gerava lucro. Então, o dinheiro que tínhamos para nos sustentarmos era o salário dela. E não me sentia confortável com essa situação.
Revista Meta: Como foi o período de sociedade nessa loja?
João Bosco: Certo dia, vi uma loja de bolsas chamada Edu Bolsas à venda na Sala Shopping. Negociei com a proprietária, dona Nilza, comprei a loja e parte do estoque no final do ano, em meados de setembro/outubro de 1988. Como era final de ano, as vendas foram ótimas. Em paralelo com a sociedade na ótica, ia a São Paulo comprar e repor as mercadorias das mais variadas bolsas.
Em fevereiro do ano seguinte, já havia recuperado dinheiro investido na compra da loja e das mercadorias. Em menos de cinco meses, o dinheiro já havia retornado.
Decidi conversar com o sócio da loja de óticas, propus que ele ficasse com a loja e eu saísse, já que fora ele que havia me convidado para a sociedade. Pois, preferiria ficar com a loja de bolsas na Sala Shopping. No entanto, o sócio não quis ficar com a ótica no centro da cidade de São José dos Campos – SP. Como solução, ofereci a ele escolher qualquer produto dentro da loja para diminuir meu aporte em dinheiro. Assim, fechamos o negócio e assumi a loja, comprando a parte do sócio.
A partir disso, as vendas na ótica foram fluindo com a chegada de vários clientes. Em um dado momento, vendi a loja de bolsas. O processo da ótica continuou acontecendo.
Fiz um curso de lentes de contato. Na época, foi uma revolução. Fui o primeiro a trabalhar com lente de contato na região. Vendemos muito as lentes de contato coloridas que ajudou bastante no crescimento da empresa.
Revista Meta: Quais foram os desafios ao assumir a loja?
João Bosco: No pequeno espaço da loja – que, hoje, é a Estilus Ótica do centro, eu mesmo realizava todas as atividades: limpava o chão, abria e fechava a loja. Montava óculos, adaptava as lentes de contato, vendia óculos; fazia tudo. Nada foi fácil nesse momento. Neste tempo de transição, recebemos a notícia que teríamos um filho e estávamos sem convênio médico.
Quando trabalhava na loja do meu primeiro emprego, havia um cliente, Dr. Amadeu Henriques Netto, na época era presidente da clínica São José. Foi quando veio a mão de Deus; um dia estava atravessando a rua para tomar um café e o Dr. Amadeu, coincidentemente passava de carro, parou e me chamou dizendo: você está trabalhando em que ótica? Respondi: Estou aqui no centro, doutor, abri a minha própria ótica. Ele me disse: vou te ajudar.
Então, ele começou a dar uma grande força, indicando amigos e parentes para a Estilus Ótica. Dr. Amadeu nos ajudou muito. Meu filho primogênito chama-se Vinicius Henrique em homenagem ao Dr. Amadeu Henriques Netto, que também deu suporte com o convênio médico quando o Vinicius nasceu.
Revista Meta: A ideia de abrir outras unidades foi realmente expansão ou foi a demanda? Quanto tempo levou para abrir a segunda unidade e quais as dificuldades?
João Bosco: Em torno de dois a três anos. Foi impulso. Na época, o ponto da esquina onde ficava a loja se desocupou e um dos funcionários, me falou: por que você não pega a esquina? Era um salão grande, aceitei a ideia e expandi.
O Dr. Amadeu tinha uma a propriedade na Av. Ademar de Barros, que hoje é a Prestomed. Ele me ofereceu o ponto para abrir a segunda unidade da Estilus Ótica. Não foi nada planejado. Surgiu a oportunidade e aproveitei.
Foi o momento em que percebi que tínhamos um pouco mais de fluxo de caixa na empresa. Com as reservas, foi possível abrir uma segunda loja.
Em relação à dificuldade em si, nunca vi dificuldade em nada, sabe? Sempre fui um cara arrojado. Essa palavra dificuldade não existe para mim.
Guilherme Aurichio: As dificuldades estão sempre presentes. Com trabalho você vence qualquer dificuldade.
João Bosco: E outra coisa, a credibilidade. Muitas pessoas me viram com a lojinha pequenininha; me viram crescer. Me acompanharam desde quando era funcionário da primeira ótica. Então, criei a credibilidade e a confiabilidade. Não fui atrás de ninguém, eles vieram até mim.
O crescimento da empresa nos últimos tempos foi impulsionado principalmente pelo Guilherme e pelo Marcos, que agora é sócio na Estilus Ótica Select. Marcos trabalhou como funcionário por quase 30 anos.
Guilherme Aurichio:Marcos era gerente das três unidades, incluindo: a sede no centro da cidade, da Av. Ademar de Barros, e uma dentro da Embraer. Ele sempre muito dedicado, já tomava frente no balcão, toda parte de compras e outras atividades dentro da empresa. Chegou um momento que não tinha mais para onde ele crescer. Em uma empresa familiar, relativamente pequena, e acima do cargo dele era somente o proprietário.
João Bosco: Foi onde conversamos, ao invés de deixar a empresa, achamos melhor propormos uma sociedade. Pensei: se queremos crescer, não adianta montar uma loja no Aquarius – a Estilus Ótica Select e não ter braço suficiente. Se eu não tivesse o Marcos, a loja não estaria no tamanho que está hoje.
Guilherme Aurichio: Na época, tudo se adequou. Coincidentemente, estava inaugurando o Pátio das Américas, no Jardim Aquários. Conversamos com o Marcos e ele topou o desafio de ser sócio da nova empresa. Marcos já tinha a ideia de segmentar e abrir uma loja prime. Então, criamos uma sociedade com a Estilus Ótica Select.
Foi uma decisão de muito sucesso. Foi o ponto certo, com a pessoa certa e tanto que está crescendo. O Marcos foi uma pessoa muito importante e alavancou esse processo todo. Estamos na terceira loja da Select. Hoje, temos várias marcas de luxo que no Vale inteiro somente nós trabalhamos.
João Bosco: Tinha na minha cabeça em termos de projeção abrir 20 lojas. Sempre fui de empreender, de seguir em frente, sem medo. (risos)
Revista Meta: Qual é o seu maior orgulho atualmente em relação a tudo o que construiu?
João Bosco: Foi ver recentemente, a confraternização da empresa com aquela quantidade de funcionários. Ver o quanto a empresa cresceu. Isso me orgulha. Porque da forma como nasceu, simplesinha, pequenininha e hoje, como ela está. Isso me enche de orgulho.
No mercado óptico, principalmente na cidade de São José dos Campos, somos uma das primeiras em confiabilidade.
Guilherme Aurichio: Coincide com o que conversamos antes sobre como chegamos até aqui e podemos expandir para 20 lojas. É essencial ter um profissional qualificado no balcão da ótica, capaz de tirar medidas corretamente, e que entenda do produto, especialmente agora, com a quantidade de óticas não somente em São José dos Campos – SP, mas em todo o Brasil. Além de toda a equipe como um todo, técnicos do laboratório, administrativo e financeiro. A honestidade também é nosso “diferencial”, entregando o correto e o melhor produto para o cliente.
Revista Meta: Como encaram a gestão pessoal com tantos funcionários espalhados pela cidade?
Guilherme Aurichio: A parte de pessoal, colaboradores, é uma coisa que sempre foi um investimento muito grande da empresa. Antes mesmo de eu estar na operação, meu pai e o Marcos, sempre se preocuparam em trazer pessoas boas e competentes para dentro da empresa. Não pensando somente no salário, mas também em pessoas qualificadas.
Há cerca de 7 – 8 anos, tivemos essa mudança muito forte de investir pesado em tecnologia. Em maquinários de laboratório de montagem das lentes. Compramos lentes de fornecedores, basicamente todos de fora: japonês, alemão, francês. Nosso laboratório interno realiza os cortes das lentes, monta o formato da armação e tudo mais. Portanto, hoje, temos no nosso laboratório as máquinas tops de linha.
Por exemplo: todas as lojas possuem torres de medidas, tanto para medições manuais quanto digitais.
A precisão digital faz uma grande diferença para o usuário final. O Visioffice X, um equipamento francês, da Essilor, tem um sistema de medição óptica, fomos os primeiros do Brasil a comprá-lo.
Outro investimento que tem mudado bastante a imagem da empresa, refere-se à propaganda e marketing, temos investido bastante. Hoje, contamos com a assessoria da Hello Comunicação, que nos dá todo suporte nesta área.
Estas duas ferramentas transformaram significativamente a empresa: as novas tecnologias e estratégias de publicidade.
Revista Meta: Como o senhor enxerga essa transição do legado que conquistou?
João Bosco: A transição está ocorrendo naturalmente, enquanto estou aqui olhando! As ideias do Guilherme são muito boas, dificilmente falo não. Porém, gosto de participar e acompanhar.
Guilherme Aurichio: Por mais que eu esteja tocando a operação mais à frente hoje, há decisões mais importantes que não tomo sozinho.
João Bosco: Então, enquanto eu tiver saúde e forças, vamos seguindo juntos.
Revista Meta: O senhor já tinha essa expectativa que o Guilherme ou o outro filho assumisse a empresa? Como foi essa participação ativa do Guilherme?
João Bosco: Quando criança, percebia nele a vontade de trabalhar na empresa. Mas nunca fui de impor nada para meus filhos. Deixei que fizessem suas escolhas, tomar as decisões por conta própria. Certa vez ele entrou na empresa e saiu, não o forcei a ficar.
Meu filho, Vinícius, nunca foi para atrás do balcão. Porque os deixei bem à vontade para tomarem o caminho que quisessem. Não foi nada imposto para eles.
Revista Meta: Guilherme, como é receber esse legado tão significativo?
Guilherme Aurichio:Estou contente. É gratificante. Quando comecei há 8 anos, queria fazer muitas coisas, o que era natural, mas ele me aconselhava ter calma e cautela. Hoje, vejo que não tinha maturidade ou conhecimento para realizar várias atividades.
Agora, com mais liberdade. No entanto, não fazemos nada sozinhos, as ideias saem do papel e se tornam realidade. Estou ganhando esse voto de confiança, vendo o negócio acontecer e dar certo. Isso que é gratificante, ter provado que sou capaz e que é possível fazer dar certo.
João Bosco: Uma coisa importante, na pandemia, foi mérito dele, foi persistente em conseguir o ponto da unidade do Jardim Satélite, na avenida Andrômeda. Queríamos uma loja nesse bairro e ele percorreu essa trajetória com foco e determinação.
Revista Meta: Falando sobre o empreendimento em si. Qual a importância das relações internas na empresa?
Guilherme Aurichio: Herdei a administração do meu pai, que é muito próximo dos funcionários. Hoje, procuro manter isso, acredito que é um importante pilar da empresa e vejo que todos os colaboradores prezam muito por isso.
Nos preocupamos realmente com eles, ajudar quando precisam. Jogo muito aberto quanto a isso, contudo a empresa está crescendo e cada vez fica mais difícil de estar ali tão junto como era antes.
Atualmente, estamos passando por uma transição, temos que profissionalizar muita coisa, porém ainda assim sempre com o foco de não perder essa essência. Claro que às vezes é um pouco mais distante, porém, batalhamos sempre para manter essa essência da empresa, porque sabemos que faz diferença e no final impacta no resultado. Damos bastante importância a isso.
João Bosco: Temos colaboradores com bastante tempo de casa e quem entra na empresa não quer sair. Não tem empresa igual à nossa. Eles têm satisfação em trabalhar na loja.
Guilherme Aurichio:Digo a eles: a pior coisa é a mentira. Vejo em outras empresas funcionário entregando muitos atestados. Conosco, temos poucos atestados, apenas quando necessários. Oriento: se você precisar faltar por qualquer motivo, jogue aberto, não invente desculpas. Sendo possível, damos um jeito de encaixar o pedido desse colaborador.
Acredito que é importante, a questão de ser humano, simpático e empático nessas questões. Isso herdei dos meus pais. Já era assim, entendi a importância e decidi manter essa cultura.
Revista Meta: Você falou sobre as heranças administrativas que carrega do seu pai. O que herdou do seu pai e que fez a diferença para você ter a mentalidade empresarial de hoje?
Guilherme Aurichio: Acredito que além de nos preocuparmos com os colaboradores, como falei anteriormente, existe o valor de entregar o melhor para o cliente. Isso é uma atitude que vem lá de trás, não é uma coisa que inventei, a empresa sempre trabalhou dessa forma.
Vejo muito que é o diferencial da Estilus Ótica hoje no mercado, se preocupar realmente com o cliente e querer entregar o melhor.
Revista Meta: E qual que é a sua expectativa pessoal para a empresa hoje?
Guilherme Aurichio: São muitas. (risos). Estamos trabalhando na organização e estruturação para crescer ainda mais. Porque não adianta querer abrir inúmeras unidades e cair em qualidade e perder o controle.
Temos sete lojas, demos um passo significativo recentemente, agora a energia é organizar internamente, estruturar, para poder crescer. Então, estruturar e crescer um pouco para que o negócio possa escalar.
O próximo passo será abrir lojas nas cidades próximas e Vale do Paraíba. Também temos planos de expandir para São Paulo.
O e-commerce, que será um foco para 2024, crescer no digital. Acredito que chegaremos até um pouco atrasados, na verdade, já poderia estar rolando isso, mas de novo, vamos fazer o negócio certo, no tempo certo.
É uma loja à parte, incluindo outros custos. Atrelado ao crescimento, conseguiremos um e-commerce de sucesso, com a internet sendo uma vitrine. O e-commerce nos ajudará muito nas expansões, em locais onde ainda não somos conhecidos.
Pensamos no futuro, criar um projeto de franquia, mas com muito cuidado, para não perder toda a essência.
Por último, abrindo os horizontes, começaremos no próximo ano, com um segmento de aparelho auditivo nas lojas. É um atendimento que já acontece muito no sul do país, São Paulo algumas lojas, mas aqui no Vale do Paraíba, seremos os primeiros. Já estruturamos algumas lojas: Satélite, Centro e Aquarius; com toda a estrutura montada: cabine acústica, sala acústica, audiômetro. Estamos finalizando esse processo de termos o profissional fonoaudiólogo devidamente registrado no conselho de classe.
Revista Meta: Analisando toda a sua carreira e conhecimento, qual é a principal qualidade que o senhor vê hoje, no Guilherme empresário?
João Bosco: A cada dia ele está evoluindo muito. Por meio da CMP, está fazendo o curso na Fundação Dom Cabral, eleita, agora, a sétima melhor escola de negócios do mundo.
Está dando um suporte para o crescimento, abrindo horizontes para enxergar outras possibilidades e fazer com que a empresa cresça com mais qualidade.
Guilherme, está me surpreendendo com a educação na empresa, ele procura sempre ficar cada vez mais atualizado no mercado. Isso é fundamental nos dias de hoje.
Revista Meta: Guilherme, falamos a pouco da herança empresarial que herdou. Além disso, qual o maior atributo, qualidade que você vê no seu pai?
Guilherme Aurichio: O termo certo é ousadia. Quando perguntaram sobre as dificuldades que ele enfrentou, ele respondeu que não via dificuldade. Acredito que nesse ponto, herdei dele. Olho para a situação e digo: vamos fazer, mas será que não é demais? Não tenho certeza, vamos fazer mesmo assim. Para mim é essa ousadia.
Revista Meta: Gostaria de fazer alguma consideração final?
Guilherme: Quero agradecer ao meu pai por confiar em mim e me dar essa oportunidade. Ele trabalhou a vida inteira por esse projeto e está depositando sua confiança em mim.
À minha mãe, Elaine Cristina Cecchetto, pela criação, herdei muitas características dela. Essa preocupação com pessoas, que temos dentro da empresa, através do meu pai, também foi por influência dela participando ativamente do processo da empresa.
À minha esposa, Maria Clara Tavernaro Ruza, comecei a ser alguém mais maduro. Ganhei o voto
de confiança do meu pai, depois dela na minha vida. É uma pessoa fundamental que quero agradecer.
Dr. Amadeu Henriques Netto, pelas contribuições comentadas ao longo da entrevista e ao Marcos Silva, nosso sócio nas unidades Select.
A todos os clientes e amigos que confiam em nosso trabalho.
Especialmente, a todos os nossos colaboradores que já passaram pela Estilus Ótica e os que estão na empresa atualmente. Sem essas pessoas não existiria a empresa, não existiria a Estilus Ótica.